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após Mad Max: Fury Road,
Jurassic World, o Mundo dos Dinossauros, veio para gritar, ou rugir,
ao público cinéfilo que as revisitas aos clássicos estão vindo
com grande força. Com uma arrecadação de cerca de 1,6 bilhões de
dólares no mundo, a obra deixou Os Vingadores, ultima grande
bilheteria, para trás com uma leve, porém considerável, vantagem.
O enredo está longe de ser criativo. Novamente o parque é reaberto, mesmo com as grandes catástrofes anteriores, os irmãos Gray Mitchell (Ty Simpkins) e o pré adolescente Zach Mitchell (Nick Robinson), que é o personagem mais irritante do filme, são o fio condutor da história. Os dois se perdem e os dinossauros acabam se soltando e atacando os visitantes. Essas características resgatadas do filme de 1993 não seriam ruins se a obra procurasse acrescentar outras coisas ao roteiro. As únicas coisas novas são: a modificação genética, que possibilitou a criação de um dinossauro híbrido com característicasde várias espécies, uma ideia suicida, tendo em vista as experiências anteriores; o drama familiar dos pais dos garotos, que nem ao menos foi desenvolvido, totalmente descartável; a chefe de operações Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), que não sabe de nada que acontece no próprio parque e, por fim, Owen Grady (Chris Pratt), uma espécie de Indiana Jones que tem uma relação curiosa em relação aos raptores militarizados.
O enredo está longe de ser criativo. Novamente o parque é reaberto, mesmo com as grandes catástrofes anteriores, os irmãos Gray Mitchell (Ty Simpkins) e o pré adolescente Zach Mitchell (Nick Robinson), que é o personagem mais irritante do filme, são o fio condutor da história. Os dois se perdem e os dinossauros acabam se soltando e atacando os visitantes. Essas características resgatadas do filme de 1993 não seriam ruins se a obra procurasse acrescentar outras coisas ao roteiro. As únicas coisas novas são: a modificação genética, que possibilitou a criação de um dinossauro híbrido com característicasde várias espécies, uma ideia suicida, tendo em vista as experiências anteriores; o drama familiar dos pais dos garotos, que nem ao menos foi desenvolvido, totalmente descartável; a chefe de operações Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), que não sabe de nada que acontece no próprio parque e, por fim, Owen Grady (Chris Pratt), uma espécie de Indiana Jones que tem uma relação curiosa em relação aos raptores militarizados.
Estes
dois últimos elementos foram os mais interessantes. Jurassic World
serviu de ponte para Chris Pratt alavancar sua carreira e se lançar
ao estrelato. De fato sua atuação estava boa, engraçada e
coerente, mas nada favorecida pelo resto da produção, nosso Star
Lord não conseguiu segurar o
filme sozinho. Já os raptores sendo usados como armas militares,
apesar de pouco crível, não que isso importasse muito, afinal é um
filme de dinossauros clonados com DNA de rãs, foram uma reformulação
diferente e ganhou pontos pela inovação.
Embora
a recepção do público tenha sido bastante positiva, o maior truque
que fez a obra ganhar tanta notoriedade foi o hype
e o boca boca. O primeiro erro, ao meu ver, foi tentar remexer na
franquia de Jurassic Park. Mesmo com o segundo filme, O Mundo
Perdido, de 1997, ter sido relativamente interessante, não havia
necessidade de uma reformulação do universo de Jurassic Park. O
contexto me faz pensar, sem muito esforço, que o filme não passou
de um chamariz de público, proveniente do sucesso de Mad Max,
lançado em maio do mesmo ano.
O
filme não possui identidade própria, se firma totalmente nos feitos
dos filmes anteriores e faz isso de maneira mediana, em alguns
momentos replica cenas clássicas, uma apelação à memória afetiva
de todos os fãs. Jurassic World faz uso da nostalgia, mas apenas
dela e não preocupa-se em apresentar algo novo. Até mesmo a
combinação de efeitos práticos e 3D do filme de Steven Spielberg
mostrou-se infinitamente mais eficaz do que o CGI exagerado desta
nova versão. Com uma nota 2,5 de 5,0, a obra não faz muita falta,
servindo, no máximo, para uma ida ao cinema para ser vista apenas
uma vez. Infelizmente, devido à exorbitante bilheteria, uma
continuação já foi confirmada para junho de 2018. Pelo menos não
tivemos uma repetição do fracasso artístico que foi o filme de 2001, que conseguiu ser pior que este.